ORCHIDACEAE

Epidendrum filicaule (Sw.) Lindl.

Como citar:

Pablo Viany Prieto; Tainan Messina. 2012. Epidendrum filicaule (ORCHIDACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

272.182,708 Km2

AOO:

64,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre na Mata Atlântica, nos estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro (Barros et al., 2011). Bocayuva (2005) localizou indivíduos a 400m de altitude, já Barberena (2010) encontrou dois indivíduos no PARNA entre 800 e 950m.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Pablo Viany Prieto
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

<i>Epidendum filicaule</i> apresenta distribuição ampla no domínio da Mata Atlântica e está representada em algumas Unidades de Conservação de proteção integral.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

E. filicaule pode ser facilmente diferenciada das demais espécies pelo aspecto graminiforme da planta. Quando estéril, pode ser facilmente confundida com Ponera striata Lindl., porém suas flores são bem distintas (Bocayuva, 2005).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Até 2010 somente dois indivíduos foram encontrados por Barberena (2010). A mesma autor indica que a espécie não era recoletada há 95 anos no Parque Nacional de Itatiaia.

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila ou, Floresta Pluvial (Barros et al., 2011). Floresta montana (Barberena, 2010)., Campo rupestre (Santos, 2010)
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: Erva, epífita (Barros et al., 2011) ciófila ou heliófila, 40-80cm de altura, florescendo de novembro a dezembro (Bocayuva, 2005). Rupícola ou epífita, semi-heliófila ou heliófila ca. 25-50cm de altura (Saddi, 2008), de aspecto graminóide, pendentes ou raramente eretas, florescendo em junho e julho (Barberena, 2010). Epífita pequena que produz um novo rebento da base do broto anterior. As folhas emergem alternadamente e têm vida curta, folhas essas que caem na época da seca nas florestas sazonais da Serra dos Órgãos (Muller et al., 2006)

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Como é frequente para várias áreas naturais, o Parque Natural Municipal da Prainha sofre constantes ameaças tais como o desmatamento, queimadas e extrativismo (Bocayuva, 2005)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3 Extraction
(Bocayuva, 2005)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire
(Bocayuva, 2005)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A espécie foi encontrada na linha de transição entre florestas atlânticas costeiras e florestas sazonais em área específica da Serra dos Órgãos. A espécie cresce nessas áreas como epífitas em árvores relíquias de florestas originais. Um vez que estas são raras e blocos de floresta original mais raros ainda na área, achar a espécie é raro (Muller et al., 2006)

Ações de conservação (3):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
​(VU) Vulnerável na Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
​A espécie pode ser encontrada no Parque Natural Municipal da Prainha, Parque Estadual da Serra da Tiririca e Reserva Particular do Patrimônio Natural de Rio das Pedras (Bocayuva, 2005). Pedra da Gávea, Parque Nacional da Tijuca, RJ (Saddi, 2008). Parque Nacional de Itatiaia (Barberena, 2010)
Ação Situação
3.8 Conservation measures
​O trabalho de Bocayuva (2005) visou promover a formação de um banco de germolplasma no Orchidarium do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.